No primeira página da home page do First Republic existe um anúncio do JPMorgan tentando tranquilizar os clientes do primeiro a fim de evitar uma nova corrida de saques.
O texto diz que o JPMorgan vai assumir parte do First Republic Bank e que os depósitos dos clientes agora estão garantidos pela "fortaleza" que é o balanço do JPMorgan.
Uma declaração bem audaciosa tendo em vista as circunstâncias econômicas mundiais, onde nem Estados inteiros podem se considerar "fortalezas" quanto mais os bancos.
O fim do First Republic foi extensamente telegrafado por vários comentaristas de economia logo após a quebra do SVB. Telegrafado por vários comentaristas e negado por todos do governo do USA.
Em 13 de Março o presidente Joe Biden anunciou que o sistema bancário era seguro. Em suas próprias palavras: "Os americanos podem ficar tranquilos que o sistema bancário é seguro." Depois dessa nova falência, segunda maior da história do USA, Biden vem a público repetir novamente que o sistema bancário americano é seguro.
"Os americanos podem ficar tranquilos que o sistema bancário é seguro."
Presidente Joe Biden antes da quebra do First Republic
Tais declarações criam a seguinte dúvida: "Quantos bancos precisarão falir para que Joe Biden comece a falar a verdade?"
Essa tal segurança a qual Joe Biden se refere tem preço. Neste caso do First Republic o preço foi de U$63 bilhões que o pagador de impostos vai ter que financiar para que o JPMorgan aceite assumir o extinto banco. Esse valor será repassado ao JPM pelo Fundo Garantidor de Depósitos do USA (FDIC).
É importante ressaltar que o FDIC foi criado para, como no Brasil, garantir depósitos até o limite de U$250.000, mas, da mesma maneira que ocorreu no SVB, esse limite foi jogado para o alto junto com o trabalhador americano ao qual será imposta a fatura.
Além disso haverá uma série de garantias para o JPM contra possíveis futuros prejuízos na carteira imobiliária do First Republic, pois, o banco investia pesado nesse setor que está passando por uma crise tão forte quanto a dos próprios bancos.
A grande diferença entre a quebra do SVB e a do First Republic é que no caso do primeiro as "autoridades" puderam se fiar na desculpa de que foram pegas de surpresa e não havia como prever, etc. etc. etc.
Dessa vez tiveram dois meses de antecedência, e, obviamente, o resultado foi o mesmo: Mais uma quebra multibilionária de um banco regional. E tem que ser dessa forma, pois, como vamos ver mais abaixo, as verdadeiras causas do problema nem sequer foram citadas.
O que é mais marcante nesse novo capítulo é que há poucas semanas atrás o First Republic havia recebido U$30 bilhões de empréstimo que o governo do USA obrigou os grandes bancos a fazerem para o FR. Mesmo com toda essa montanha de dinheiro o FR não foi capaz de se segurar nem sequer três meses.
Não fosse isso o falecido já teria encerrado as atividades no próprio mês de Março. Agora ficou claro que tal manobra somente serviu para alongar a agonia do paciente. A morte já era inevitável. A direção do FR já devia estar a par disso, mas, continuou dizendo que o banco era sólido devido ao empréstimo de U$30bi entre outras coisas.
O tiro de misericórdia no First Repulic foi o balanço do banco que foi liberado no dia 24 de Abril com os números mostrando que a situação financeira continuava a se deteriorar velozmente mesmo após o empréstimo bilionário.
Isso desencadeou uma queda tão drástica no preço das ações, 43% apenas no último dia de pregão com 73% no último mês, que os burocratas americanos não tiveram mais como ignorar a crise e decidiram que já era hora de mandar o FR para o além.
Mais uma vez nenhum cliente multimilionário de um banco em crise vai perder nada e mais uma vez o povo americano vai pagar tudo. Com isso temos a pergunta de 1 milhão de dólares que é: "O governo americano vai continuar salvando todos os multimilionários de todos os bancos?"
E teoricamente esse é o governo democrata que diz que protege os pobres contra os ricos. Além, claro, de querer mais imposto sobre as grandes fortunas. Na hora de prometer é uma coisa. Na hora de realizar é outra bem diferente.
Mais uma vez nenhum cliente multimilionário de um banco em crise vai perder nada e mais uma vez o povo americano vai pagar tudo.
Combustível Sem Imposto
Durante uma coletiva de imprensa após a quebra do SVB, ao ser perguntado por um repórter se o governo iria obrigar o trabalhador a salvar todos os depósitos de todos os bancos, Biden preferiu sair da sala mudo sem dizer nem que sim e nem que não.
Existe! Mas é preciso atacar a causa de todo o mal que é o gasto do governo. Isso faz a sociedade sangrar e para resolver esse sangramento os burocratas criam bolhas que depois estouram e elevam a mais hemorragia.
Após décadas de impressão de dinheiro descontrolada para pagar a gastança estatal parece que finalmente estamos chegando a um beco sem saída.
Para o Brasil a solução já está pronta. É o Movimento Combustível Sem Imposto que vai atacar a raiz da crise com o corte de gastos e burocracias estatais. Para saber mais sobre isso visite a página que explica a nossa PEC (Projeto de Emenda à Constituição).