Por ser um assunto extremamente controverso o tema impostos sobre os combustíveis passou a ser tratado com muita paixão e pouca racionalidade.
Quem defende o governo anterior insiste em dizer que Bolsonaro "zerou" todos os impostos, porque ele é um bom político, e o atual, Lula, voltou porque ele é mau político e quer fazer o povo sofrer.
Outros já usam o argumento que o imposto voltou porque é bom para o ambiente ou o pobre não é afetado pelo aumento na gasolina. Nada desses últimos argumentos eram falados no governo anterior, mas, agora que mudou o presidente tudo isso passou a ser válido.
A verdade é que imposto sobre os combustíveis não é bom, não ajuda em nada a ecologia e prejudica muito a população, principalmente os mais pobres que são quem mais sofre com qualquer imposto no consumo.
Por outro lado também não é verdade que o governo anterior, Bolsonaro, zerou qualquer imposto. Ele simplesmente mudou o imposto de lugar durante o período eleitoral. Antes você pagava na bomba de combustível e depois dessa pedalada fiscal você passou a pagar na impressão de dinheiro como foi explicado aqui nesse texto.
Isso tanto foi um recurso puramente eleitoreiro e populista que, durante os quatro anos de governo foi usado exclusivamente no último ano e, apenas durante o período eleitoral. Foi programado para acabar em Dezembro de 2022.
Quando um presidente resolve "zerar" os impostos sobre os combustíveis o que ele está fazendo na prática é distribuir o peso do imposto que antes era mais concentrado nos usuários diretos do combustível (motoristas, motoboys, taxistas, caminhoneiros) por toda a sociedade, pois, o dinheiro impresso cria a inflação que é um imposto disfarçado que é pago por todos.
Simplesmente não existe mágica. Se os gastos continuam os impostos para pagar esses gastos também vão continuar. Se o Estado gasta a sociedade paga.
Apesar da incrível soma de 2 trilhões e 900 bilhões que o Estado drenou da população em 2022 as contas do governo ainda ficam no vermelho. E estão assim desde sempre. Os políticos e burocratas do Brasil gastam demais o dinheiro do trabalhador. Veja o gráfico abaixo dos seguidos déficits dos seguidos governos.
E a grande maioria desse dinheiro é gasto com privilégios, coisas inúteis, ou burocracias que tem por objetivo gerar mais corrupção.
É preciso que todos entendam que não existe uma reserva de dinheiro no caixa do governo. Para cada "benefício" desses, como "impostos zerados" em algum produto, seja ela qual for, o governo vai ter que necessariamente imprimir dinheiro (criar inflação) ou pegar empréstimos no seu nome para você pagar.
Nenhum político ou burocrata admite que inflação é um resultado do governo imprimindo dinheiro. Ninguém cria inflação exceto o Estado. É por isso que na Argentina a inflação passou de 100% e na Venezuela passou de 1000%. Não é um acaso ou um resultado de empresários gananciosos. É a consequência de ter um governo bem mais corrupto e incompetente do que o do Brasil.
Além de imprimir dinheiro o governo faz, ou ao menos tenta fazer, mais empréstimos no seu nome. A quantidade de dinheiro emprestada é tão assombrosamente grande que hoje tem um grupo dedicado a estudar essa dívida.
Diga-se de passagem que as pessoas que estudam essa dívida são incapazes de descobrir qual a origem dessa dívida pelo simples fato de que a dívida é grande porque o Estado grande. Para resolver a dívida não existe mistério nem mágica, basta cortar gastos da máquina estatal.
E o mais impressionante é que quanto mais a dívida cresce mais o governo precisa imprimir dinheiro. Quanto mais o governo imprime dinheiro mais ele cria inflação. Quanto mais ele cria inflação mais o Banco Central precisa subir os juros para tentar amenizar a inflação. Quanto mais o Banco Central sobe os juros a divida cresce, pois, a dívida está atrelada a esses juros. E assim segue a espiral da morte.
Somente em 2022 o pagamento de juros da dívida subiu R$200 bilhões o que equivale a 140% do gasto anual do ministério da saúde. Nas palavras do próprio Banco Central: "No acumulado em doze meses, os juros nominais alcançaram R$621,0 bilhões (6,26% do PIB) em janeiro de 2023, comparativamente a R$425,7 bilhões (4,76% do PIB) nos doze meses até janeiro de 2022."
No acumulado em doze meses, os juros nominais alcançaram R$621,0 bilhões (6,26% do PIB) em janeiro de 2023, comparativamente a R$425,7 bilhões (4,76% do PIB) nos doze meses até janeiro de 2022.
Banco Central do Brasil
Existe muita lenda sobre o governo Bolsonaro ter reduzidos os gastos, mas, isso não é verdade. Durante o governo Bolsonaro os gatos do governo subiram ano após ano da mesma forma que subiram antes dele e vão subir agora durante o governo Lula.
Durante o primeiro ano de governo Bolsonaro em 2019, segundo o Portal da Transparência, o total efetivamente gasto pelo governo federal foi de R$2,61 trilhões. No último ano, em 2022, esse número saltou 49,8% para R$3,91 trilhões.
O que esses números mostram de forma definitiva é que, muito longe de haver qualquer redução de despesa que permitisse um corte de impostos, o que ocorreu foi um aumento de despesas.
As despesas durante o governo Bolsonaro saltaram 49,8% em quatro anos. De R$2,61 trilhões para R$3,91 trilhões de acordo com o Portal da Transparência.
Combustível Sem Imposto
Em teoria a pedalada fiscal e eleitoral deveria durar apenas até dia 31 de Dezembro de 2022, mas, Lula preferiu prorrogar mais um tempo a mudança de lugar dos impostos.
No momento os mesmos já retornaram para quase todos os combustíveis, exceto para o diesel, pois, esse é o combustível dos caminhoneiros, aos quais o Lula morre de medo por ser a grande força do país, e, principalmente, por ser a grande base de apoio do Movimento Combustível Sem Imposto.
É claro que o imposto do diesel continua sendo pago, mas, ao invés de ser pago diretamente neste combustível ele é distribuído por toda a sociedade através da inflação. Isso faz com que seus efeitos sejam menos sentidos pelos motoristas.
É claro que o imposto do diesel continua sendo pago, mas, ao invés de ser pago diretamente neste combustível ele é distribuído por toda a sociedade através da inflação
Combustível Sem Imposto
A solução para a essa questão é a vitória do Movimento Combustível Sem Imposto. Visite esse link para conhecer as nossas propostas de mudança.
