Para nossa surpresa muita gente comemorou esse 0,4% de "crescimento" do PIB como se fosse algo importante. Para nós isso é basicamente uma oscilação no fundo do poço.
Nós do Movimento Combustível Sem Imposto temos o desejo de ver o Brasil um país rico e sem miseráveis. Hoje nossa renda percapta é de menos de U$10mil dólares ao ano. No USA a renda dos 20% mais pobres, a base da pirâmide, é de U$13mil dólares.
Ou seja... O brasileiro médio é mais pobre do que os mais pobres dos americanos. Isso é uma catástrofe. E nós não sairemos dessa situação com crescimento de 0,8% ao ano, que é a previsão para o crescimento de 2019.
Para tirarmos os milhões de brasileiros que vivem na absoluta miséria é preciso um crescimento sustentável de ao menos 6% ao longo de décadas.
No gráfico acima é possível ver como a Coréia do Sul, que na década de 60 era mais pobre que o Brasil, manteve o crescimento do PIB em um bom nível durante muitos anos. E o resultado disso você pode ver no gráfico abaixo onde a renda percapta do sul coreano disparou enquanto a do brasileiro progrediu pouco.
No texto anterior nós falamos que um dos males mais graves que assolam o Brasil é a mediocridade. E quando vemos pessoas que não se sentiram ultrajadas com esse PIB, e, em alguns casos, até comemoraram, nós vemos em que grau de mediocridade estamos metidos.
O outro lado da moeda que nos deixa atônitos é a análise dos especialistas no assunto - os economistas. O site Aos Fatos fez uma ótima compactação de vários textos sobre esse tema.
E indo direto ao ponto as opiniões são bizarras. Se depender dessas pessoas nós nunca superaremos o atoleiro atual.
Veja esse trecho:
Já a professora do Insper Juliana Inhasz concorda com o diagnóstico de que a crise fiscal e a falta de investimentos atrapalham o crescimento, mas discorda do remédio: para ela, o governo não tem mais espaço para aumentar os gastos.
"Acho que a solução para sair desse entrave é buscar fontes de receita alternativas sem aumentar a carga tributária, como é o que o governo parece estar tentando fazer com as privatizações"
Ao ler esses dois parágrafos acima nós ficamos horrorizados em como alguém que está formando a nova geração de brasileiros, em uma das melhores universidades do Brasil, tem esse tipo de pensamento.
A pessoa somente consegue ver o sintoma sem saber qual é a causa. Como ela não sabe a causa não vai saber o remédio, logo, ela "acha que a solução" deve ser tal coisa, pois, certeza não tem.
A resposta para o nosso PIB baixíssimo é extremamente simples: O Brasil continua sendo um país péssimo para empreender.
Se você não for uma pessoa adepta de um Estado tipo União Soviética você sabe que apenas o empreendedorismo gera riqueza.
Quando se ataca sistematicamente o empreendimento e o empreendedor, como é o caso do Brasil, não vai ter crescimento de PIB concreto, apenas pequnos voos de galinha. Esse quadro não muda com discurso inflamado e sim com fatos.
E os fatos hoje são:
Nenhum dos cinco itens acima estão sendo atacados em nenhuma das reformas previstas pelo atual governo, exceto o item 5, que recebe um paliativo com a reforma da previdência.
A vida funciona sempre por causa e efeito. Se para o pequeno e médio empresário as coisas continua um inferno isso será refletido no rendimento dos trabalhadores. E se esse grupo está sofrendo as grandes empresas não aportam aqui, pois, elas não virão para fazer caridade e sim para ganhar dinheiro.
Sem uma possibilidade mínima de se ganhar dinheiro aqui elas partem para outro lugar. Com isso o investimento despenca e o PIB despenca junto.
O Movimento Combustível Sem Imposto é a grande, e até onde a gente saiba, a única salvação para a inércia crônica do Brasil.
O país está no fim da segunda década perdida no espaço de 40 anos. E isso só vai mudar se mudarmos drasticamente o sistema em que a máquina pública funciona.
Com os cortes que faremos no governo federal nós resolveremos completamente o item 3, fecharemos uma das agências reguladoras do item 4, amenizaremos o item 1 e 2, e, por fim, vamos apontar o caminho para a solução do item 5.
Com essa mudança vamos passar um fato concreto aos investidores estrangeiros: o Brasil mudou em essência. Com isso atrairemos muito capital internacional, o que vai gerar muito emprego e muita riqueza para todos os brasileiros.
Agora entenda como o Combustível Sem Imposto vai ser um marco para o Venture Capital brasileiro.