Após seis meses de intervenção militar no Rio de Janeiro praticamente nada mudou, e isso era óbvio desde sempre, pois, as raízes da violência nem foram citadas, quanto mais resolvidas.
Como a crise continua as pessoas permanecem apontando os dedos para aquilo que as incomoda primeiro, com pode ser visto nesse depoimento de um morador da Rocinha, que foi publicado pela DW Brasil : "A gente é vítima de uma política fracassada, que há 30 anos não tem nenhuma outra ideia a não ser reagir com violência a problemas complexos."
Vimos essa frase como mais um desabafo do que uma verdade.
A polícia até pode ser fracassada e com certeza é corrupta, mas, ela também é fruto de um Estado extremamente destrutivo. O soldado honesto é um guerreiro e uma vítima dessa política que devastou o Brasil.
Existe essa conversa de que as raízes da violência são coisas heteras como a colonização portuguesa, a escravidão, o capitalismo, etc. Isso é palhaçada.
As raízes da violência são bem concretas e podemos creditar a maior parte a situação de pobreza em que as pessoas são atiradas, afinal, em países ricos e de alto IDH a violência é bastante reduzida.
Ao longo dos últimos anos o Estado socialista brasileiro tomou uma série de atitudes para transformar o nosso país nessa carnificina em que vivemos, vamos listar as principais:
Contratar alguém é por natureza uma atividade de risco que pouquíssimas pessoas em um país se dispões a fazer. Como temos em torno de 10 milhões de empresas, podemos dizer que apenas 5% da população querem correr o risco de dar emprego. Isso é assim em qualquer lugar do mundo, pois, empreendedores são pessoas especiais. São a nata da sociedade.
Aqui se decidiu que o ato de contratar seria muito dificultado por meio de uma pilha de leis que fazem com que o risco de dar emprego seja altíssimo. Existe uma regra básica de economia que todos concordam: quanto maior o risco menos gente se dispõe a fazer algo. Elevaram a estratosfera a insegurança jurídica na hora de contratar alguém, logo, muito pouca gente quer contratar.
O IBGE acabou de divulgar os números do desemprego e eles são estarrecedores. A CLT é uma máquina industrial de empobrecimento.
O impostômetro marca que o Estado rouba mais de 2 trilhões por ano da população. Esse é um dinheiro que deixa de gerar riqueza e é desperdiçado na máquina corrupta e inútil do governo. Se esse dinheiro permanecesse com a população boa parte dessa violência seria eliminada sem esforço de nenhum combate policial, pois, milhões de empregos seriam gerados.
De quebra a corrupção cairia drasticamente, pois, imposto é o combustível que move os corruptos. Menos impostos significa menos corrupção.
A esmagadora maioria dos empreendedores é extremamente desanimada com o negócio principalmente devido ao governo. Por isso muitos que poderiam gerar empregos não o fazem, pois, tem noção das imensas barreiras estatais feita por burocratas que vivem de imposto. Vide esse depoimento de um seguidor nosso:
"Eu tenho muita vontade de empreender, criar uma empresa de vendas online. Ter responsabilidade sobre uma empresa, assumir riscos, resolver problemas da empresa, tudo isso me atrai, é essa é a parte ruim. Eu nem consigo imaginar como me faria bem poder gerar dinheiro para outras pessoas, ter mais prestígio com a família e os amigos, além de ganhar dinheiro, que sem hipocrisia e o que todo mundo quer, mas quando eu começo a ver a situação dos empresários no Brasil, sobretudo os menores, isso me põe pra baixo, porque parece que o Gigantão estado vê os empresários como inimigos, essa forma de burocracia que existe aqui parece conspiratório, como se eles quisessem realmente acabar com a iniciativa privada, quem pensa em criar empregos é inimigo do estado, pelo que nos vemos na política e que querem que sejamos totalmente dependentes do estado, como um cão amarrado que depende do dono pra comer ou morrer se o dono quiser."
Ou este aqui:
"A onze anos sou ambulante. Tentei durante 7 seguir tds as regras estatais. Pagava tudo e registrava todo mundo. Vendia qse 50k mensais de hot dog. Quase abri falência. Fui assaltado 7 vezes. Funcionários foram desonestos e, graças aos ótimos sindicatos me deixaram com uma dívida de 30 mil reais. Vendendo o que vendia fiquei três meses sem receber NADA! Chutei o balde. Mandei todss embora, paguei todos parcelado. Comprei um trailer e vim para a praça da igreja. Em um ano paguei tudo e todos. Hoje vendo um terço, mas recebo absurdamente mais do que antes. Onze anos sem CLT (sem empregar ninguém)"
E sobre esse comentário houve essa réplica:
"Te entendo amigo. Eu e meu pai temos cnpj de uma empresa de transportes. Funcionários nos chamaram na justiça e fomos condenados a pagar um inferno de 'direitos trabalhistas'. De 6 carretas que a gente tinha hoje temos apenas duas. Eu viajo com uma e meu pai com outra."
E temos mais esse aqui:
"Fala Rafael (Rafael Lima - Idéias Radicais), vim aqui dar o meu exemplo. Trabalho com estética automotiva e limpeza ecológica de veículos. Diretamente "emprego" 12 pessoas como MEI, mas eu sou MEI. Pego os meus serviços e distribuo para os rapazes fazerem, como empreitada. Eu já tenho condições de ser uma pequena empresa, mas segundo algumas pesquisas, se eu fizer isso, posso quebrar em 1 ano, devido ao aumento brusco de impostos quando se migra para outras categorias empresariais, sendo assim, estou travado na geração de empregos."
O maior crime do governo contra as crianças foi impedir elas de trabalharem de forma honesta. Como notoriamente não existe escolas nem atividades e nem renda para as crianças brasileiras elas precisam, em um contexto de desestruturação, dar algum jeito para sobreviver. Os antigos se orgulhavam de terem começado a trabalhar aos 13 ou 14 anos, mas, hoje o governo socialista tornou essa atividade um crime, logo, o tráfico, as ruas e a prostituição sobram como as únicas alternativas.
Como a sociedade é hipócrita demais para aceitar uma criança trabalhando em uma empresa a consequência, e tudo gera consequência na vida, é que meninos com 10 ou 12 anos já estão trabalhando para o crime organizado como pode ser visto nessa pesquisa aqui.
Os críticos dizem que "lugar de criança é na escola" e nós concordamos com isso, mas, enquanto eles não botam as crianças na escola é imoral impedir que elas tentem sobreviver em algum lugar que não seja no tráfico ou na prostituição.
Resumo de tudo isso... Crianças que poderiam estar em uma empresa estão assaltando na rua.
Existem as drogas ilegais e as legais. As drogas legalizadas como o álcool ou o cigarro são extremamente destrutivas, mas, a sociedade resolveu que empresas com registro estatal poderiam vende-las. O fato dessas drogas serem legalizadas faz com que não exista boca de fumo de cigarro normal ou boca de venda de álcool. Se não existe boca de álcool não existe guerra pelo controle de bocas de álcool e nem mortes por causa desse controle.
O Estado gasta os tubos de dinheiro para combater algo que não tem solução, ao invés de estar arrecadando dinheiro para financiar a polícia. O tempo que as forças de segurança gastam combatendo as drogas seria muito mais bem empregado em eliminar crimes violentos como o roubo e o assassinato.
Poucas nações no mundo possuem duas polícias sendo uma militar e uma civil. A unificação da polícia vai fazer com que todo o processo de combate ao crime seja muito mais eficiente. Unificar é um passo muito importante para reduzir a violência.
O policial hoje está muito desvalorizado tanto em termos de salário como em termos de segurança jurídica. Além disso a maior parte do equipamento esta sucateado. É preciso investir para valer na polícia até porque segurança pública é a função primordial do Estado. O policial precisa ser novamente valorizado e protegido para combater a violência.
Como o Estado está ocupado com administração de bancos, estádios de futebel, petroleiras, e mais um monte de coisas que deveriam ser privatizadas, o que realmente importa fica relegado. O controle de entrada de armas deveria ser extremamente rigoroso para cair a violência, mas, isso não acontece.
Uma montanha de armas entram livremente no Brasil fazendo com que o número de assassinatos seja absurdo e levando muitas pessoas a crer, erradamente, que colocar mais armas ainda na mão do povo vai resolver a crise.
É impressionante, mas, crimes violentos como assalto a mão armada e assassinatos tem penas muito brandas. Isso é um tremendo incentivo a violência.
Além de tudo isso acima o próprio estado do Rio de Janeiro é extremamente corrupto, gastador, mal administrado e burocrático demais. Esse fato é um tremendo agravante.
A intervenção não funcionou e nem vai funcionar, mesmo que dure 100 anos, simplesmente porque os pontos acima estão fora da alçada dos militares responsáveis por ela. O máximo que eles poderiam tentar fazer é amenizar um pouco, mas, nem isso foi feito, pois, como mostra a reportagem da DW Brasil:
"Depois de seis meses, também é difícil entender os caminhos dos recursos. As dezenas de operações militares, que chegam a mobilizar 5 mil agentes, ao custo de mais de 1 milhão de reais cada, arrecadaram poucas armas e tiveram efeito reduzido na desarticulação de quadrilhas."
Todos os pontos acima são reflexo da falta de liberdade econômica tanto pela burocracia como pelo roubo de impostos. A implantação do Libertarianismo vai tirar do crime aqueles que querem trabalhar e viraram bandidos devido as dificuldades da vida.
Tirando esse peso das costas da polícia ela poderá focar nos que realmente são criminosos recalcitrantes.
Tenha certeza que isso sim seria a cura para a violência.
Além da intervenção militar, outro ponto que impacta muito o resultado do Brasil é o emprego doméstico. Nesse post falamos sobre a situação dessa categoria.
